ADVOGADO BRENO MIRANDA AVALIA PONTOS SOBRE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL DAS LOJAS AMERICANAS EM MATÉRIA DO PORTAL DE NOTÍCIAS InfoMoney.

Aqui, vamos explanar, segundo a abordagem levantada pelo portal de notícias InfoMoney, alguns pontos.

ENTENDA O CASO:

No tumultuado cenário corporativo brasileiro, as Lojas Americanas (AMER3) protagonizaram uma reviravolta surpreendente há um ano, quando revelaram inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões. O comunicado abrupto levou à renúncia do CEO Sergio Rial e do CFO André Covre, resultando em uma queda de 77% nas ações em apenas um dia. Desde então, a empresa enfrentou desafios substanciais, culminando em seu pedido de recuperação judicial em janeiro passado.

O mercado liga sinal de alerta.

Com a repercussão do caso Americanas, o mercado em volta se aprimora no intuito de promover mudanças que isentem, ou pelo menos, que preparem para os  riscos e consequências de más gestões financeiras.

Breno Miranda, presidente do Instituto Brasileiro da Insolvência, vê que as empresas de auditoria passarão a ser mais rigorosas na verificação dos dados e informações das empresas, com um filtro das auditorias de maior confiabilidade.

OS PRÓXIMOS PASSOS APÓS A RECUPERAÇÃO JUDICIAL:

Após idas e vindas, o plano de recuperação judicial foi aprovado no final de 2023. A injeção de capital de R$ 24 bilhões, proveniente de acionistas como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, é um ponto positivo. O plano também contempla a possível venda das operações de varejo digital e da Ame, instituição de pagamento utilizada no e-commerce.

O CENÁRIO MACROECONÔMICO E AS PERSPECTIVAS PARA 2024:

O ano passado foi difícil para a Americanas e o setor em geral, com juros altos e aumento da concorrência estrangeira. Analise de especialistas dão conta que, apesar das dificuldades, as empresas de varejo interno não absorveram completamente a demanda não atendida pela Americanas. O cenário macroeconômico ainda é desafiador, mas a redução dos juros pode  contribuir.

A AVALIAÇÃO DAS METAS PARA 2025:

A Americanas, agora uma rede de varejo mais enxuta, apresentou resultados preocupantes para 2021 e 2022, registrando prejuízos expressivos. As projeções para 2025 incluem um Ebitda de mais de R$ 2,2 bilhões e uma redução significativa da dívida bruta. No entanto, analistas expressam cautela, destacando desafios consideráveis para a empresa atingir essas metas.

"Certamente dependerá de novas estratégias de negócios e de imagem," observa Breno Miranda, presidente do Instituto Brasileiro da Insolvência. “Mesmo com o plano de equalização de passivo aprovado, ainda mostra-se precoce ao mercado afirmar se alcançará a projeção estimada.” Conclui.